Vacina contra a COVID-19

A vacinação contra o SARS-CoV-2 ajuda o corpo a desenvolver imunidade contra o novo Coronavírus (SARS-CoV-2) que causa a COVID-19, sem a necessidade de desenvolver a imunidade natural que decorre de contrair e recuperar da doença.

Mesmo após a vacinação, o desenvolvimento de uma resposta imunitária requer algum tempo. É fundamental continuar a praticar a prevenção, higienizando as mãos, usando a máscara e mantendo o distanciamento de segurança, por dois motivos:

  • O desenvolvimento da imunidade requer tempo e poderá não ser total.
  • Neste momento, não sabemos se a vacinação irá evitar a disseminação do vírus, pelo que as pessoas vacinadas poderão propagar a doença.

Quem pode vacinar:

  • Pacientes acima de 18 anos;
  • Com estabilidade clínica, de acordo com avaliação do seu médico;
  • Quem teve COVID 19 com resolução dos sintomas há mais de 40 dias do dia da vacinação;
  • HIV positivos;
  • Tratou ou esta tratando câncer (se estiver estável);
  • Tem alergia a ovo (não há contra indicações);
  • Tomou vacina para outras doenças;
  • Toma anticoagulantes (com precaução, recomendado uso de gelo local logo após a aplicação,pelo risco de hematoma); 

Quem não pode vacinar

  • Pacientes instáveis clinicamente (por exemplo: ganham muito peso entre dialise, hipertensos e diabéticos não controlados, entre outros). Seu médico vai liberar sua vacinação assim que estiver em condições;
  • Febre acima de 37,8°C  por qualquer causa;
  • Suspeita de COVID 19 ou COVID 19 em resolução;
  • Em tratamento de quadro infeccioso (infecção cateter, infecção FAV, etc). Aguardar resolução e vacinar;
  • Grávidas (não há estudos em gravidas com ou sem DRC). Vamos aguardar mais informações;
  • Pacientes abaixo de 18 anos. Vamos aguardar mais informações;
  • Quem tem alergia aos componentes das vacinas;

Perguntas mais frequentes sobre a vacinação

A vacina pode causar COVID 19?

Não. 

A Cononavac (Sinovac) tem o vírus morto que não é capaz de se replicar. Se ele não se replica, não causa doença. A presença do vírus morto faz nosso sistema imunológico reagir.

A vacina Oxford/Astrazeneca tem um vírus chamado Adenovírus que carrega uma (parte)proteína do coronavírus. Esta proteína não causa doença mas é suficiente para fazer nosso sistema imunológico reagir. 

As vacinas podem dar reação?

Sim, elas podem dar reação. Mas, em geral, duram poucos dias.

As mais comuns são dor local, pequeno inchaço e um pouco de vermelhidão.

Pode dar outros sintomas como se estivesse começando a ficar gripado. Pode dar diarreia, enjoo, vômitos. 

Outras reações: febre baixa, cansaço, dores nas juntas, dores musculares, dor de cabeça, dor de garganta, tosse, nariz entupido e outros.

Tenho que avisar alguém se tiver reação, mesmo se for leve?

Sim. Avise o enfermeiro e o médico da sua unidade, sempre.

Eles tem que investigar a reação e confirmar se esta relacionada a vacina e também fazer notificação. 

O médico vai receitar medicação quando precisar.

Em quanto tempo estarei protegido de pegar a COVID 19 depois que me vacinar?

Depende da reação do seu organismo. Pode ser em 2 a 3 semanas depois da segunda dose. Neste momento não sabemos como será a proteção em quem faz hemodiálise.

Quanto mais pessoas vacinarem, mais depressa todos estarão protegidos.

Se eu vacinar ainda posso pegar COVID 19?

Sim. O objetivo da vacina neste momento emergencial é não deixar que você tenha doença grave e precise de internação ou vá para a UTI. Temos que diminuir os casos graves.

Se eu vacinar posso me liberar da máscara, do álcool e me aproximar das pessoas?

Não. Como existe um tempo para as pessoas desenvolverem proteção, temos que aguardar mais um pouco e continuar usando máscara, higienizando as mãos com água e sabão e não aglomerando. Temos que continuar protegendo todos.

Ter tido COVID e/ou vacinar contra COVID ainda não é passaporte de imunidade, mas vai ser logo, logo.

Porque as vacinas foram desenvolvidas em tempo tão curto?

No começo da Pandemia não sabíamos em quanto tempo as vacinas iam ficar prontas. 

O mundo todo sofre com as mortes das pessoas, com o fechamento das ruas, com as incertezas.

Então depois de um enorme esforço dos cientistas e da indústria farmacêutica, da cooperação entre países e de muito dinheiro investido, conseguimos ter as primeiras vacinas. Isso não significa que foram testadas fora dos padrões de qualidade exigidos internacionalmente.

As vacinas ainda deverão melhorar e podem haver mudanças mesmo ao longo deste ano.

Dra Cristiane de Magalhães Rosa Ribeiro

Infectologista

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