Aos 84 anos, Conceição Metri, paciente da Fresenius Ilha do Leite, mostra que o tratamento renal não a impediu de manter a sua paixão pela arte. Pintora, ela homenageou o Dr. Dusan Kostic, Nefrologista da unidade, com um quadro inspirado em uma foto do profissional.
“Quando eu cheguei na clínica, foi ele quem me atendeu. É estrangeiro (iugoslavo), deve se sentir muito longe da família. Pensei: ‘vou pintar alguma coisa da terra dele’. Pedi, então, uma foto de quando era pequeno, mas tive dificuldade. Aí, busquei outra referência e deu certo. Me sinto satisfeita porque ele gostou”, comemora ela.
Para o médico, a experiência foi realmente impactante. “Naquele dia, quando a equipe me chamou para mostrar os quadros, era a última coisa que eu esperava. Foi uma surpresa, daquelas que você chora, treme e reflete muito sobre a vida, das pessoas e a sua própria. Não tem muitas palavras que descrevem essa sensação, mas ‘felicidade genuína’ seriam as melhores”, lembra o médico.
Interesse pela arte
Desde criança, Conceição frequenta ambientes que estimulam o desenvolvimento artístico. A loja que pertenceu ao avô e ao pai, fundada em 1917 e que ela ia diariamente, vendia molduras para quadros, entre outros itens. Foi ali que ela conheceu outros artistas e se sentiu inspirada pela primeira vez. Apesar disso, as produções iniciais apareceram apenas após os 60 anos.
“Não gosto do estilo tradicional, prefiro o mais livre. Impressionismo é o meu preferido, por conta das cores e do traço”, define. Todos os dias, antes da visita à Fresenius Ilha do Leite para dar prosseguimento ao tratamento renal, ela se ocupa, ainda, de outro hábito muito acalentado: o piano.
“Gosto de música clássica, como Bach, Chopin e Beethoven. Sou romântica”, entrega. Ela já tinha feito aulas na infância e na juventude, mas interrompeu depois do noivado. Retomou aos 70 anos, após o falecimento do marido.
Benefícios para o tratamento renal
O Dr. Dusan Kostic destaca que hábitos como os de Conceição são benéficos para a saúde, principalmente mental, e estimulam a produtividade e a criatividade. “Isso pode ser desenvolvido na esfera da arte, como pintura, música, literatura, ou fazendo cursos de língua estrangeira, brincando nas atividades lúdicas com seus amigos e familiares”, ensina.
O médico explica, ainda, que esses programas têm papel importante na distração, na redução da ansiedade, para manter uma boa cognição e melhorar a qualidade de vida de quem está em tratamento renal.
Para Conceição, outro ponto importante é a dedicação do time da clínica. Segundo ela, as enfermeiras são atenciosas e os médicos excelentes.